terça-feira, 30 de março de 2010

Rhone, Rhone, Rhone

Quantos vinhos!

A prova do Rhone na Cave Auge foi mais uma aula incrível! Fomos para la ja sabendo que temos algumas dificuldades com essa região. O problema é quase sempre o mesmo, muito álcool e pouca acidez. A Fafa esta super sensível a essas diferenças...rs, mas como a Cave tem um perfil de produtores muito especiais e excêntricos, estávamos muito curiosos para esta prova!

O que encontramos la?

Inicio pelas dificuldades, muitos vinhos extremamente jovens, alguns realmente difíceis, caso do Domaine Mas de L’Anglore dos quais destaco o Traverses e o Rose Pompon vinhos que com pouco tempo podem ser incríveis, digo isso porque provamos os ainda não engarrafados 2009.

O Domaine Gramenon tem vinhos todos mais alcoólicos, nunca com notas de compota, sempre com classe e madeira de segundo uso. Destaque para o Papesse, um Vielle Vigne de grenache excelente.

O Domaine Romaneaux Destezet ja apresentam um equilíbrio muito maior, Syras incríveis e com teor alcoólico controlado, sem especiarias deslocadas. Somente o vongonier ainda não tinha realmente encantado.

O Domaine de la Vieille Julienne, muito simpático tem vinhos mais acessíveis e excelentes, mais evidentes, mais diretos, um pouco mais velhos 2007 hehe!

Antes do grand finale conhecemos o Thierry Allemand com dois vinhos bem caros e maravilhosos. Syrahs de mesmo solo e mesma vinificação, a diferença apenas na idade das vinhas uma com 60 anos e ao outro com 120! Adoro isso, quando realmente encontramos pequenas diferenças é quando realmente podemos aguçar os sentidos...

Jean Michel Stéphan

Em seguida conhecemos quem roubou a cena, quem realmente tinha vinhos incríveis, Jean Michel Stéphan! Vinhos conforme o próprio rotulo leva escrito “l’image de Jules Chauvet”. Vinhos de inspiração e base nos Morgons revolucionários, todos com realmente uma elegância inesquecível, um Condrieu alucinante e uma serie de Cote Rotie absolutos! Com diferentes fermentações, entre carbônica, semi carbônica e tradicional, entre diferentes idade de madeira, de 2 e 6 anos e por fim diferentes idades de vinhas entre entre 20 e 70 anos, e todas essas diferentes características trabalhas com delicadeza em cada vinho.

Quando perguntei sobre as denominações ele me explicou que é de fato elas ainda são muito importantes para ele, por não ter um nome tão conhecido acaba dependendo disso, o incrível é que segundo ele sempre passa no limite dos critérios, logo seus vinhos conseqüentemente acompanham essa curva de preços.

Realmente foi uma aula conversar e degustar os vinhos dele. Quem viajar e tiver alguma afeição por syrah não deixe de provar!

Para finalizar conhecemos o tímido Bertran do http://www.wineterroirs.com/, um eterno turista em aparências! Foi bastante simpático! O site dele é muito bom e com certeza vai constar as informações dessa prova de uma maneira bem detalhada!

Salon de Vigneron Independet

No dia seguinte... isso mesmo!!! Estamos trabalhando duro por aqui!!!... no dia seguinte Salon de Vigneron Independet! Uma grande associação de produtores com uma feira daquelas impossíveis de acompanhar, voltada para profissionais e consumidores que precisavam comprar grandes quantidades.

Aproveitei para explorar a borgonha... provei vários e vários borgonhas e foi preciso cuspir quase tudo! Nao sou louco de cuspir Nuit Saint George e Monrachet, mas segurei minha sobriedade ate o fim, para realmente manter o paladar e seguir em frente! Espero que finalmente possa traçar um fio de memória organoleptica do que é um borgonha em sua estrutura básica. Valeu bastante, conheci produtores muito dispostos a explicar cuidadosamente seus processos, principalmente o Bertrad Marchard e certificar que é sem duvida uma das mais belas regiões nesses termos, com vinhos deliciosos, elegantes e saborosos e caros... cada momento merece seu cuidado!

5 comentários:

  1. Interessantíssimo mas confesso que não acompanho a incursão geográfica disso que estas descrevendo. Foi em Paris ou foi na região onde se faz o vinho?

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  2. Realmente é uma incursão geográfica, mas até agora somente em paris! da a impressão mesmo de viajar quando provamos esses vinho! Grande Beijo!

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  3. Genial! Vou ver se tem Stephan em NY.

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  4. O Cote Rotie normal custa $55 em NY e o Cote Rotie Coteaux de Tupin o dobro. Quanto eram aí?

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  5. nao cuspi nada Ma. to bebada com seu post! "chegar lá" nao vai dar, mas aprender um pouco, certeza! bjs

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