existem outros loucos como nos!
bizarro...
Ai vai o primeiro relato de uma grande degustação promovida pela Cave Auge.
O lugar fica na boulevard Haussmann e tem uma seleção incrível de
vinhos naturais.
Compramos algumas garrafas por la e acabaram por nos convidar para a série de degustaçoes
desse semestre.
Chegamos por volta das 14h e ja estava lotado! Bem recebidos pelo Maxime, encaramos os produtores com muita ansiedade.
Como as recomentadaçoes com relação ao Tissot eram enormes nos concentramos inicialmente nos seus vinhos do Jura.
Com muita recepção e calma, Tissot serviu em seqüência 10 vinhos, entre eles 3 vin jounes de terroirs diferentes, simplesmente espetaculares! com diferentes densidades, um mundo a parte. Um trousseau perfeito e 3 vin paille que nunca tínhamos provado. Foi um show de estranhezas, técnica e elegância, as notas oxidativas nao sao as mais gastronomicas, mas pulsam a imagem de um comté gigante! Os aromas quase todos em torno de amendoas, acetonas, resinas. A fruta entra em outro contexto, em uma camada mais delicada certamente.
Em seguida conhecemos o amável Overnoy, um senhor absolutamente calmo
que servia os copos tremendo e contando longas historias sobre todos os processos
de vinificaçao. Por excelência provamos um Savagnin 1998 que era muito próximo ao vin Joune, mas ele fez questao de dizer que nao era o mesmo processo e enfatizou: “ para mim os grandes vinhos sao de aperitivos, de contemplação, para desgustar as suas historias”
Mudando de região conhecemos os vinhos da Ostertag, vinhos alsacianos
com um perfil mais clássico, porém produzidos de maneira totalmente
natural, o que de alguma maneira influencia muito o resultado, sempre.
Tudo o que nos conhecemos sobre um Riesling nao se revelava da mesma maneira, as frutas aparecem muito mais, as flores se sobressaem e as notas minerais sao mais delicadas. Os vinhos sao sérios, sem contra regras e muito bem feitos. Destaque para os Guewursts os quais sempre me lembro dos natais em que comemos quantidades absurdas de liguia, mordendo a casca e sentindo aquele amargor na boca delicioso.
Os vinhos do Cristian Binner eram mais variados e um pouco
mais acessíveis, um gama enorme! e todos vinhos de muita qualidade,
nessa altura ja estava bem perdido... mas seguimos e descobrimos alguns
rieslings mais classicos bem temperados!
Para finalizar a Savoia, com uvas novas para nos e muita vivacidade, um dos produtores tinha um nota que so aqueles produtores ultra naturais conseguem e as vezes se perdem, leveduras e leveduras!
Foi uma aula e um grande avanço enologico essa degustação, a próxima
sera do Rhone sempre de produtores bio bio bio... essa moda pegou aqui e transpões qualquer limite imaginavel!
Espero que gostem do post mais especifico, eu... simplesmente enlouqueci e ao mesmo tempo acalmei meus animos, tomar um vinho calmamente sem cuspir em baldes é insubstituivel, mas foi uma aula inesquecível certamente!
O mestre do Jura Overnoy
resultado da degustação em notas confusas e incompreensíveis!